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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sérgio Sampaio - O Primo Pobre de Cachoeiro do Itapemirim .



Sabendo que alguém deveria ter gritado que queria botar o bloco na rua...(e não era a Simone) no inicio desse ano por sugestão do meu amigo César ( varias informações contidas aqui vieram dele...) vim a conhecer a obra de Sérgio Sampaio e fixei no MP3 pelo menos 4 canções de Sérgio Sampaio que não saem do ouvido entre elas : Filme de Terror, Labirintos Negros, Cabine 103 e Quero Ir (essa última com Raul Seixas). E Chego a seguinte conclusão Sérgio Sampaio está muito longe de ser sombra de Robert Carlos ou Raul Seixas.....com uma mistura de samba, Rock e Álcool teria tudo pra ser um ícone da música brasileira...mas ....a qualidade musical não está diretamente relacionada com sucesso...rss

Sérgio Sampaio é mais um fruto de Cachoeiro do Itapemirim..que ficou conhecida por dar ao Brasil o “Rei” Roberto Carlos...Sérgio Sampaio é completamente o avesso dessa supervalorização em torno de Roberto. Simples,Pobre,Imcompreendito, nunca pagou de bom exemplo pra ninguém..... Para o grande Público é o cara que compôs “ Eu quero é Botar meu Bloco na Rua!” Música essa que fez muito sucesso e foi regravada diversas vezes.....e para outros era um dos Kavernistas que acompanhou Raul Seixas no disco Sociedade da Grã Ordem Cavernista.

Mas Sérgio Sampaio foi muito mais que isso excelente violonista, um puta compositor e gente como a gente que respira , come , bebe e dorme não fica naquele altar cheio de fãs doentes...implorando pra que ele faça um coraçãozinho com as mãos....

O primeiro sucesso ( Eu quero Botar...) assustou Sampaio que se tornou arredio e paranóico. Após um compacto em 1974, com as músicas “Meu pobre blues” e “Foi ela”, Sampaio se desligou da gravadora Phillips e se afastou do show business. Em 1975, Sampaio gravou um compacto para a gravadora Continental, com as músicas “Velho bandido” e “O teto da minha casa”. No ano seguinte lançou o segundo LP, “Tem que acontecer”. O disco foi um relativo sucesso, mas o cantor não participou da divulgação, o que prejudicou as vendas.

Em 1977, Sampaio gravou seu último compacto pela Continental, com as músicas “Ninguém vive por mim” e “História de um boêmio (Um abraço no Nelson Gonçalves)”.

Sampaio ficaria anos afastado, sempre com crises de tuberculose e outros problemas de saúde, acarretados pela sua boemia. Em 1983, Sampaio lançou o terceiro LP “Sinceramente” por um selo independente Gravina, mas o LP passou despercebido no meio da febre new wave da música popular brasileira. Sampaio ficou no ostracismo, relegado apenas ao circuito universitário e de pequenos bares e boates. Em 1983 após participar de um show com Raul Seixas em Salvador, Sampaio recebeu convite para gravar um novo disco pelo selo Baratos Afins. Chegou a gravar o
repertório numa gravação caseira, mas em 1994, faleceu no Hospital IV Centenário de Santa Tereza no Rio de Janeiro, após uma crise de pancreatite crônica.

Sergio Natureza, amigo intimo de Sampaio, organizou o disco de tributo “O balaio do Sampaio” com vários artistas, entre eles Eduardo Duzek, Chico César, Lenine e Zeca Baleiro. Foi Baleiro quem assumiu a responsabilidade de produzir a fita de material inédito de Sergio Sampaio. Este disco foi finalmente lançado em 2006 com o título “Cruel”.

Existe ainda um disco do Sergio Sampaio lançado apenas na Internet com o título de “Disco inédito” ou “Cru”. Este disco tem todas as músicas do lançamento de 2006 e outras duas inéditas como “Destino trabalhador” e “Chuva fina”.

Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua (Trecho) - Sérgio Sampaio




Pobre Meu Pai - Sérgio Sampaio

Discografia:

Sociedade da Grã Ordem Kavernista

Acontecer Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua (1973)
Download

Tem que (1976)
Sinceramente (1983)

Cru ( Disco Inédito) (1994)

Cruel (2006)

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