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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ave Sangria, Sob o sol do quê ???




Um nome que soa estranho a primeira audição, olhando para o disco o título das canções encontramos coisas como: "Corpo em Chamas", "Sob o Sol de Satã". A primeira vez que ouvi imaginei "Puta o Caetano trabalhando sério com Mutantes ??", Mas ouvindo com mais atenção e prestando atenção nas letras ...você diz..não...não...quem são esses caras ?? Que história é essa de jogar boliche com a cabeça das moças mortas?

O Grupo Ave Sangria foi uma das bandas pioneiras do Rock Nordestino, com um visual bastante ultrajante para a época merthiolate nos lábios roupas escandalosas, supostos beijos no palco e o um tal homossexualismo explicito em "Seu Waldir" tudo isso em tempos de ditadura Militar. O Disco do Ave Sangria foi produzido pelo Márcio Antonucci (Os Vips) que acabou não conseguindo por tudo o que a banda representava no disco, problemas com a censura principalmente por conta de Seu Waldir acabaram de certa forma desmotivando os integrantes do Ave Sangria.

O disco foi relançado sem a faixa maldita, mas aí o interesse da mídia pelo grupo já havia passado. A Globo, por exemplo, desistiu de veicular o clipe feito para o Fantástico, com a música Geórgia A Carniceira. O grupo perdeu o pique: "A gente era um bando de caras pobres, alguns já com filhos, a grana sempre curta. No aperto, chegamos até a gravar vinhetas para a TV Jornal (uma delas para o programa Jorge Chau)", relembra Marco Polo.

Em dezembro de 1974, o Ave Sangria parecia querer alçar vôo novamente. O grupo fez uma das suas melhores apresentações, nos dias 28 e 29 de dezembro de 1974, a outrora banda maldita porém hoje cult e lendária Ave Sangria fazia no Teatro Santa Isabel o show Perfumes Y Baratchos. Foi uma curta temporada de apenas duas concorridas apresentações (com tanta gente no lado de fora, que na metade de cada show, o vocalista Marco Polo mandava que os portões fossem abertos). Foi a mais bem sucedida apresentação da curta carreira da Ave Sangria. No entanto, aquele seria o canto de cisne do grupo, que se dissolveria logo depois.

De prestígio em alta em Pernambuco e no Sudeste, onde algumas das faixas do único álbum que lançaram tocavam bem no rádio, Marco Polo, Almir de Oliveira, Agrício Noya (o Juliano), Ivson Wanderley (Ivinho), Israel Semente Proibida, e Paulo Rafael davam a volta por cima depois do baque sofrido com a censura e apreensão do primeiro e único LP “A gente estava no maior pique, mas manter uma banda de rock no Brasil na época era muito complicado".  Além do mais, a Ave Sangria só vivia entrando em rolo. Como eu ainda era menor, faziam as coisa no meu nome. O Santa Isabel, por exemplo, foi alugado assim. Fui eu que fui numa tal Censura Estética da Polícia Federal liberar os cartazes do show", recorda o guitarrista e produtor Paulo Rafael, hoje morando no Rio.  "Eles eram muito invocados. Uma vez um dos integrantes teve algum problema com a polícia, e os caras foram na redação para pedir que o jornal não publicasse a notícia. Fiz entrevistas com eles, dei muitas notas, mas não vi esse último show", diz testemunhas rss.

Lailson, o cartunista do DP, fez a direção musical de Perfumes Y Baratchos , e também o responsável pela arte do cartaz (restaurando a ave do logotipo do grupo, semelhante a um carcará, que foi refeita de forma grosseira, no Rio, para a capa do disco Ave Sangria, saído pela Continental). Para ele, aquela foi uma morte de certa forma anunciada.

Lailson recorda que sentia um certo clima de rivalidade entre Almir e Marco Pólo, enquanto Israel era uma estrela à parte. "Acho que o afastamento de Rafles, espécie de relações pública deles, contribuiu para o fim", conclui. Paulo Rafael destaca a participação de Ivinho: "Ele era meio militar, levava tudo muito a sério. Quando a gente entrou no palco, havia um bocado de castiçais, da decoração bolada por Kátia Mesel. Ivinho, quando viu aquilo reclamou, 'Tá parecendo coisa de macumba'". Além das velas tinha ao fundo um castelo:' Pegamos de um cenário do teatro, acho que de alguma ópera". Marco Polo, atualmente na Continente Multicultural, numa entrevista ao crítico Héber Fonseca (no JC), dois dias antes do show, não parecia pensar em carreira solo: "Não é ainda o trabalho da Ave Sangria. Há apenas um esboço, uma insinuação, é dela que vamos partir para outros caminhos". O produtor Zé da Flauta, então no Ala D. Eli, efêmera banda de Robertinho do Recife, tocou flauta e sax no Perfume Y Baratchos. Ele também não imaginava que aquele seria o início do fim da banda: "Pensava que dali eles iniciariam uma nova fase".

O certo é que Ave Sangria fez duas apresentações tecnicamente impecáveis: "O show começa com um tema meu, A grande lua, meio Pink Floyd. Os amplificadores Milkway, de Maristone (dono do melhor som de palco do Recife nos anos 70), se a gente mexesse uns botõezinhos faziam a guitarra soar feito um sintetizador", conta Paulo Rafael. "Nesses dois shows fizemos várias músicas inéditas", completa Marco Polo.

Há unanimidade entre Zé da Flauta, Paulo Rafael ou Marco Polo (Agrício Noya, Ivinho e Almir de Oliveira não foram localizados para esta matéria. Israel Semente já faleceu) sobre o catalisador da dissolução da Ave Sangria: "No início de janeiro, Alceu, que namorava a banda há muito tempo, fez o convite para os músicos tocarem com ele no festival Abertura da TV Globo. Eu ainda fiz alguns shows no Rio, aqui, com Israel, mas já estava casado, com filho, decidi voltar ao jornalismo", conta Marco Polo. O guitarrista Paulo Rafael completa: "Não teve assim um 'vamos acabar'. Depois do Abertura a gente se questionou. Eu queria sair de casa, uns já estavam casados, economicamente não havia no momento outra coisa a fazer. Continuamos tocando com Alceu".

O Ave Sangria voltaria a reunir-se mais uma vez, para gravar um clipe para o Fantástico, de Geórgia Carniceira. Almir de Oliveira (que não foi tocar com Alceu Valença) revelou que o clipe foi um equívoco da produção da Globo: "Queriam era a banda de Alceu, mas acabaram chamando a Ave Sangria". O clipe, gravado num estúdio em Botafogo, nunca foi ao ar. Permanece até hoje nos arquivos da emissora carioca.

Em 2010/2011 Marco Polo reuniu um "bando" para ressucitar o Ave Sangria e assim fazem um excelente show no Festival Psicodália apesar de contar apenas com Marco Polo da formação Original a Ave estava lá voando alta fazendo as novas gerações sentir o que foi o Ave Sangria.O Ave Sangria era na verdade o vocalista Marco Polo com a excelente banda Anjo Gabriel fãs declarados do Ave.


Ave Sangria tocando "Corpo em Chamas".









Ave Sangria - Ave Sangria (1975)
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Perfumes Y Baratchos - Ave Sangria (1976)
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domingo, 1 de janeiro de 2012

Voltando a Mil com Beth Hart




E se o mundo acabar em 2012..?? Vamos voltar a trampar com intensidade por aqui para dar tempo de mostrar coisas que tenho curtido antes do fim do mundo.

Conheci em 2011 o trabalho de Beth Hart por sugestão de um amigo que havia feito uma matéria sobre o lançamento do disco dela com Joe Bonamassa o qual eu também achava um puta playboyzinho metido a blueseiro....sobre o Bonamassa só digo: Não acreditem sempre no que digo nem sempre estou certo me arrependi de não te-lo ouvido com atenção antes. Mas voltando a Beth Hart.... a sua versão de "Chocolate Jesus" e "I'd Rather Go Blind" me fez se interessar pelo trabalho, Beth é aquela "Moleca" do bando que xinga, fala alto, arrota, briga, bate nos meninos aquela menina com espirito moleque a qual ninguém consegue vê-la como mulher, mas fica longe de ser um machão também. Com momentos de sensibilidade, delicadeza e pontos altos cheios de adrenalina e postura totalmente Rocker, Beth parece se orgulhar de seus vicios e defeitos no maior estilo Tom Waits, Lou Reed tipo cuidadinho com voz e essas frescuras canto, grito me expresso.

Beth Hart foi durante um tempo figurinha carimbada em programas de Talentos (antes da moda American Idol) Lançado seu primeiro disco em 1993 " Beth Hart & The Ocean of Souls com destaque para "Am I the One" e uma versão inusitada de "Lucy in the Sky with Diamonds". Em 1996 lança o disco "Immortal" com destaques para a faixa título e uma nova versão de "Am I the One" e uma de minhas preferidas apesar de bem lado "B" "Spiders on my Bed..

Sucesso e reconhecimento é bom...então em 1999 é lançado "Screamin' for my Supper" com o seu "Hit?"  L.A.Song (Out of This Town) que foi tema de um episódio da 10ª temporada do seriado “Beverly Hills 90210”. Em 2003 Beth lança o disco "Leave the Light On" (putz será que ela tem medo do escuro ???) E por aí começa a se notar o seu carisma e prestigio entre outros artistas grava com o Deep Purple a música "Haunted" presente no disco "Bananas" depois trabalharia com um time de "gente grande" entre eles Slash e Joe Bonamassa.

Em 2005 é lançado o CD/DVD Live at Paradiso um disco excelente que mostra toda a sensibilidade e porralouquice de Beth que canta maravilhosamente ao piano em um estilo que lembra uma Amy ( desculpe pela controvérsia pois o certo se4ri o contrário Amy lembrar Beth pois ela veio primeiro e trabalhava a muito mais tempo...), as vezes Alanis e do nada já viaja no maior estilo Cassia Eller/ Iggy Pop, desce do palco senta com a galera e termina o show com uma versão incendiária de "Wholle Lotta Love" e ainda nos extras traz um " I' don't need no Doctor" já com um cigarro na mão, olhar perdido...e muita energia.

Em 2007 é lançado o disco "37 days" em 2010 "My California" que conta com participação de Slash na música "Sister Heroin" , no início de 2011 Beth aprende o caminho para o Brasil e faz diversos shows, se apresenta no programa de Ronnie Von, canta com Biquini Cavadão e promete......"EU VOLTAREI.....!!".

Em setembro de 2011 é lançado o incrível disco "Don't Explain" de Beth Hart com Joe Bonamassa com interpretações de clássicos do Jazz/Blues/Rock. Esse álbum a bota chama a atenção e faz quem não conhece, nunca ouviu falar ou simplesmente orfãos de alguma "pseudodiva" da música universal se ligar no seu som......Chega de Blah Blah Blah...e simbora curtir o som da Beth .....




Beth Hart Cantando Lucy in the Sky with Diamonds no Programa Star Search em 1993.



L.A.Song na versão do Live at Paradiso.









Discografia :

Beth Hart & The Oceans of Souls



Beth Hart Band - Immortal
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Beth Hart - Screamin' for my Supper
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Beth Hart - Leave the Light On
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Beth Hart - 37 Days
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Beth Hart - My California
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Beth Hart & Joe Bonamassa - Don't Explain
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